TRANS... O QUÊ?

Olá,

Gente, e a Lea T., hein? Que sucesso. Que espetáculo de menina. Não sabem de quem estou falando? É essa moça da foto. Ainda não sabem quem é? Ai, ai... Lea T. já foi chamada de Leo, trata-se de uma transexual brasileira que vem conquistando a Europa. A moça, que já foi moço, estourou no mercado das modelos ao fazer a campanha da grife francesa Givenchy e ensaios para revistas poderosas como a Vogue (francesa) e a Love (britânica).

Olhando assim, por alto, parece que ela vive um conto de fadas. Não, não vive. Enquanto conquista o mundo e mostra que talento não tem sexo, Lea é vítima do preconceito dentro da própria família. Ela é filha do ex-jogador de futebol e ex-treinador Toninho Cerezo, que se recusa a comentar qualquer coisa sobre Lea. Em algumas entrevistas, Toninho é que pai de quatro filhos, disse que só tem 3, excluindo a modelo de suas proles. Lamentável.

Lamentável, mas compreensivo. Num planeta em que a informação gira numa velocidade estonteante, onde mamíferos são clonados e o DNA é conhecido e estudado, as questões sexuais continuam presas a tabus e conceitos pré-históricos. Entende-se mentes assassinas, corruptas, mas não se aceita o direito do outro de ter desejos diferentes dos seus. Às vezes, tenho pena da humanidade, às vezes, acho que voltaremos à Idade Média.

Se a homossexualidade ainda é uma questão obscura, a transexualidade é um parangolé de doido. Mas isso ocorre porque as pessoas assim o querem. É mais fácil reduzir a complexidade humana ao nível religioso. Simples, assim. Se eu pudesse falar com o grande Albert Einstein, eu diria: meu, querido, continuamos quebrando átomos, mas ainda somos incapazes de quebrar um preconceito!

É isso.
@aharomavelino

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