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Mostrando postagens de abril, 2011

ALÉM DAS APARÊNCIAS

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Oi, como foi a páscoa de vocês, meus amores? Espero que tenha sido cheia de ovos (de chocolate, para de graça) e muito bacalhau - o que a minha mãe prepara é divino.  Bem, vamos ao papo do dia. Nesse feriado encontrei uma amiga minha que já fora meu amigo há anos. Não entendeu? Eu explico. Era uma vez, há muito tempo, um garoto que se olhou no espelho e percebeu que algo estava errado com ele. O menino não se identificava com aquele corpo que refletia à sua frente. Aquele não era ele. Os anos se passaram, a tristeza e o desespero foi tomando conta daquele garoto. Então, veio a primeira tentativa de dar fim a própria vida. Depois veio a segunda e, quando ele pensava na terceira tentativa de suicídio, uma luz brilhou no fim do túnel escuro: era a possibilidade de se fazer uma operação para "mudar" de sexo. O garoto passou por um longo e torturante tratamento (exames, terapias, estudos, mais exames...) e, finalmente, entregou-se às mãos salvadoras de um médico enviado por Deu

"CONTINHOS"

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Olá, em tempos de comunicação rápida, rasteira, direta e digamos: um tanto rasa; seguem dois (mini)contos pra vocês. Nas duas narrativas, as personagens centrais são mulheres. Adoro escrever sobre elas. Será por quê? Abafa! Conto 1: "Lua de Mel" Ele a viu. Apaixonou-se, cortejou-a, conquistou-a. Casaram-se e saíram em lua de mel. Lá, ela conheceu o garçom do hotel e voltou para passar a lua de mel com ele aqui. Conto 2: "Ele pediu" Houve a briga. Ele, aos berros, disse que só a deixaria morto. Ela o matou! Beijinhos: o garoto do blog (não resisti à brincadeira) @aharomavelino

VIVER NÃO É PRECISO DE NOVO

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Oi, então, na falta de assunto e enquanto o livro VIVER NÃO É PRECISO continua em processo de reedição, vou soltar mais um trechinho do próprio: E A ORELHA DE VAN GOGH?     O mês de julho era meu predileto, pois não havia aula e fazia um friozinho gostoso. Pela manhã, ficávamos em casa na companhia da Xuxa e suas Paquitas, à tarde, quando estava um pouquinho mais quente, nós nos juntávamos para brincar. Na primeira semana sem aula, a galera já se reuniu na calçada da casa da Mila. Parecia um sonho: um mês inteiro sem pisar na escola – vida boa. Cada um tinha um plano diferente para julho: alguns iam viajar, outros iam para fazendas próximas. No entanto, e esse era o meu caso, a maioria ficaria em casa mesmo. Antes que casa um tomasse seu rumo e a rua se esvaziasse, decidimos brincar de beti-bola. Era uma brincadeira que todo mundo gostava – meninos e meninas – então, não havia conflitos.  Sem falar que era um jogo simples, bastavam duas ripas e uma bolinha, um espaço razoável – que

AMANTES

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Um conto pra vocês; Demorou algumas semanas até que aquela atração, quase fatal, acabasse na cama. Embora ambos tivessem larga experiência, o nervosismo (até parecia a primeira vez) era visível. Mãos e pernas trêmulas. Corpo febril - resultado de um prazer indescritível. Roberto sabia que sempre sonhara com aquele momento. Estava se sentindo um pouco culpado, mas o desejo e o prazer daquele momento era maior do que qualquer tipo de culpa. Tentou tirar da cabeça a imagem da esposa, não queria uma terceira pessoa debaixo dos lençóis. Não, ali não havia espaço para a esposa, de jeito algum. Roberto olhou aquele ser nú em cima da cama. As formas desenhadas como uma obra de Auguste  Rodin, a penugem loira cobrindo o corpo dourado. O coração de Roberto acelerou. Meu Deus, como ele estava amando aquele momento. Como ele gostava de beijar aquele corpo, tocá-lo e acariciá-lo. Ele estava se sentindo no paraíso.  Um gemido. A pessoa deitada de bruços mudou a posição e olhou nos olhos de Rob

SIM, O MUNDO AINDA PODE SER BOM

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Oi, Num tempo em que somos obrigados a ouvir pessoas como o deputado federal Jair Bolsonaro dizer que um homossexual é homossexual porque não levou porrada quando criança, ou ainda que um casamento entre uma negra e um branco é exemplo de promiscuidade (em resposta à pergunta de Preta Gil); chegamos a pensar que não há mais solução para a raça humana. Que um mundo de paz e harmonia é apenas um sonho distante. Mas, eu prefiro acreditar no que diz a nova (e ótima) propaganda da Coca-Cola: os bons ainda são a maioria .  Não vou me alongar sobre as declarações absurdas e ridículas  do senhor Bolsonaro, muito menos sobre as ideias infames de seu colega de plenário, o também deputado (e pastor) Marco Feliciano  que, na tentativa vã de defender Jair, afirmou que os africanos (e negros em geral) são amaldiçoados. E para dar crédito a seu preconceito, usou a Bíblia como base de argumentação (?!). Tento não ser pessimista, mas esse tipo de coisa me assusta e me leva a pensar que, talvez, est