MADRUGADA QUENTE


Oi,

para quem (como eu) gosta de viver intensamente as madrugadas, a televisão vira uma companheira quase obrigatória. É comum, por exemplo, eu deixar a TV ligada e ficar plantado na frente do computador escrevendo, navegando pela net ou batendo papo com os amigos (ok, não tenho batido tanto papo ultimamente).

Nas madrugadas, podemos assistir à programação mais variada que alguém possa imaginar. Basta zapear pelos canais (abertos ou a cabo) para se ter acesso aos programas mais curiosos - ou bizarros - que se possa sonhar. No mesmo horário, você pode ver um pastor prometendo a cura para todo tipo de doença (de caroço aqui e ali até câncer e aids) sem precisar ir ao  médico ou tomar qualquer tipo de medicamento (espera aí, curanderismo não é crime?). Virando para o canal seguinte, deparamo-nos com mulheres voluptuosas fazendo sexo com homens atraentes (ou com mulheres também atraentes). Em outra emissora, você pode comprar um creme que vai te deixar a cara de uma top model, ou um aparelho que corta, fatia, pulveriza, limpa a casa e ainda busca o jornal ao mesmo tempo. Ah, também nas madrugas é possível obter um tapete persa legítimo ou um relógio pelo bagatela de 10 mil reais. 

Podemos dizer qualquer coisa, menos que as madrugadas regadas a discursos religiosos irresponsáveis, cenas de sexo e vendas estapafúrdias não sejam cômicas (ou trágicas, dependendo do ponto de vista). Assim, diante dessa salada midiática, nós, os insones, vamos levando nossas vidinhas...

@aharomavelino

Comentários

Fred Chaves disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Fred Chaves disse…
Rs... Verdade! Tem muita religião! Religião da legião que busca curas físicas e muitas vezes se esquecem da alma. Tem a religião do consumo. A religião da beleza tem lugar cativo na programação também.
Pra mim, Avelinda, a religião é uma forma de legitimar a preguiça de pensar. O dogma é o ponto de descanso que faz a operacionalização da entrega do pensamento autônomo, que exige esforço, reflexão, etc, por um pensamento pré-fabricado. Fazer o que o padre ou o pastor dizem é mais fácil do que ter discernimento e fazer uso constante da reflexão e síntese da época pós-moderna que vivemos. Ou, se preferir, modernidade líquida, rs. O fato é que em todas as épocas esta prática existiu, mas hoje, com o mundo na era da tecnologia da informação, ela está polarizando as pessoas: um grupo faz uso do livre acesso à informação e desenvolve seu intelecto e outro, repelido por tantos estímulos, faz de seu pensamento uma pedra criando lodo sobre o barro movediço chamado religião.
Aharom disse…
Bem, a religião tem lá seu direito de existir. Pena é que os religiosos não respeitam o direito de quem não partilha de suas crenças de existir também.

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