MANHÃ DE NATAL

Olá,

Na manhã do dia 25 de dezembro, acordei sozinho em casa e fui tomar meu café. Não havia, em minha casa, nenhum sinal de que a noite anterior fora Natal. Enquanto tomava meu café, eu contemplava a xícara e minha mente foi inundada de lembranças de um tempo que em a manhã do dia 25 de dezembro era uma festa. Tempo que eu, criança ainda, acordava bem cedo pra devorar o que havia sobrado da ceia.
Época em que a família se reunia pra comer e beber e se confraternizar. E quando falo família, estou dizendo família mesmo: tios, tias, primos, primas, irmãos e irmãs, como manda a boa tradição mineira. Época em que os adultos eram bichos estranhos à minha compreensão de menino.
Naquele tempo, o que eu mais queria era um brinquedo Estrela (qual criança não queria?), mas minha mãe insistia em me dar uma roupa. Isso me deixava chateado e eu me achava a criança mais infeliz do mundo.
Hoje, adulto, posso me dar um brinquedo Estrela, ou mais de um, mas não teria a mesma graça de antes. De repente, tudo mudou. Os sabores, os cheiros, os sons do Natal ficaram guardados em algum lugar da minha mente. Agora, tomando meu café sozinho na manhã de 25 de dezembro, eu me lembro daquele garoto de alguns anos atrás e concluo: não, eu não era a criança mais infeliz do mundo, era o contrário.

@aharomavelino

Comentários

Alex Sadi disse…
Cara, acordei com esta mesma sensação.

Éramos muito felizes e não sabíamos!

Ó pena das novas gerações...

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