O CUSPE DA DISCÓRDIA


Olá, pessoas

Depois de assistir ao show de horrores que foi a votação do impedimento da presidenta Dilma no domingo (18/04), perceber que aquele parlamento bizarro não me representa (com raríssimas excessões) e ter que responder no Face e Twitter a vários questionamentos sobre o fuá envolvendo os deputados Jean Wyllys e Bolsonaro (bate na madeira); eu prometi a mim mesmo que não tocaria mais no assunto. Tentei ficar quietinho, juro! Mas os questionamentos continuaram, então decidi escrever este post. Uma resposta à alguns comentários que me fizeram nas redes sociais. Vamos lá?

"Ele (Jean) num é viadinho, boiola, bicha? Por que ficou tão nervoso em ouvir a verdade?"

Não, ele não é. Jean é homossexual. Se a pessoa não percebe que palavras como "viadinho", "boiola" e afins podem - e são - usadas de forma pejorativa, com o intuito de ofender, essa pessoa precisa rever seus conceitos. Usar palavras de baixo calão e ofensivas podem até parecer divertido, mas não é.

"um deputado não deveria agir assim. Cadê a moral? Cadê o decoro?"

Concordo em partes. Não apenas um deputado, ninguém deveria (DEVERIA) agir assim. E talvez, ninguém precisasse chegar a esse ponto se as pessoas soubessem respeitar o espaço do outro. Jean foi hostilizado sistematicamente naquele dia e antes de ser deputado, ele é humano e todo mundo tem limites, ele não seria diferente. Bem, se vamos falar de falta de decoro, o que foi aquele circo durante a votação? Como um deputado passa o tempo todo xingando e depreciando seu colega? Como um congressista se presta a usar o microfone para exaltar um torturador? Querem falar de ética? Melhorem.

"Jean é um viado safado que quer implantar uma ditadura comunista no Brasil, uma ditadura gayzista..."

Parei no "ditadura gayzista", sem paciência para gente que acredita em Papai Noel e coelhinho da páscoa. 

Então, esses foram alguns dos vários comentários que recebi (alguns são impublicáveis) e sim, eu continuo admirando o trabalho do deputado Jean Wyllys e abomino a misoginia, a homofobia e a xenofobia do senhor Bolsonaro (isola)! No mais, Jean pelo menos teve a hombridade de assumir o que fez. Pior foi o filhote de Cruz Credo (Bolsonaro Jr) que deu entrevista criticando seu colega parlamentar e alegando que nunca agiria daquele jeito, e no entanto acabou sendo desmentindo minutos depois por um vídeo que o mostra cuspindo em Jean. Nesse ponto, o "viadinho" foi mais homem do que o "macho alfa da família tradicional". É isso! 

Até a próxima. Sigam-me:

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