Voltamos à Idade das Trevas?


Olá, pessoas

No post passado falei do impacto que tive ao ver o primeiro capítulo da novela BABILÔNIA. Pois bem, a novela continua me surpreendendo - positivamente, claro. Se por um lado, eu estou surpreso com a qualidade do texto e da trama; por outro,  há um grupo de pessoas que acreditam que ainda estamos na Idade Média, ou que deveríamos voltar a ela.

Religiosidade e crença são terrenos pantanosos. Admiro as pessoas de fé e todos nós, em algum nível, cremos em algo. E isso é importante. No entanto, me espanta quando a crença se sobrepõe à razão, quando a pessoa deixa de pensar por si mesmo e pensa de acordo com a mente do outro. Aí, deixa de ser fé e vira fanatismo. 

Desde que entrou no ar, Babilônia tem sido alvo constante de pessoas que se julgam os representantes  legais de Deus na terra. Pessoas que se acham acima do bem e do mal, vigilantes da moral e do bom costume. Verdadeiros fiscalizadores do fiofó alheio. E o alvo da vez é o casal lésbico formado por Fernanda Montenegro e Nathália Timberg. Diante das mensagens virulentas que a cena do beijo entre as duas atrizes causou, observei algumas coisas: engraçado que ninguém se espantou com o fato da personagem da Glória Pires ter pintado e bordado no primeiro no capítulo (inclusive matando o amante) ou com a agressividade da personagem de Adriana Esteves contra a filha. Nada disso chocou os moralistas. Não! O único pecado de Babilônia é mostrar um casal lésbico feliz, bem resolvido, bem-sucedido, fino e elegante. Para os moralistas de plantão, é difícil aceitar que aos LGBTs caiba também um lugar ao sol na sociedade. O desejo dessa gente é que cada gay, lésbica, travesti, ou transgênero viva no limbo, no gueto, viva à margem... é difícil aceitar que pessoas LGBTs possam ser felizes sendo quem são. Sim, no fim das contas, o que mais incomoda os que se julgam fiscais de Deus é a felicidade alheia. 

Fico pensando como o mundo seria lindo se alguns indivíduos gastassem o mesmo tempo que gastam julgando e condenando o amor alheio se dedicassem a ajudar uma instituição de caridade, a visitar um lar de idosos, a doar tempo a um abrigo de animais abandonados... enfim, a fazer algo de positivo para a humanidade. Viemos ao mundo para sermos felizes, então cuidemos de nossa felicidade, de nossa vida e deixemos o outro ser feliz também. Simples assim.

A você moralista, tenho uma notícia ruim, como lembrado pelo meu amigo Felipe Petrucelli: Regina Duarte vem aí fazendo uma lésbica de sucesso em Sete Vidas. Prepare-se, pois a felicidade e amor vão vencer o ódio e o preconceito.

Beijos iluminados e vamos conversar no Twitter:
@AharomAvelino

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