Com que roupa... eu vou?



- Ficou ótimo! – disse a vendedora com um sorriso amarelo no rosto.
Eu olhei minha imagem refletida no espelho e não sabia se ria ou esganava aquela moça. Ótimo onde? Só se fosse na terra da imaginação em que ela vivia.
Sempre odiei comprar roupas. Bater pernas, olhar as vitrines, tudo isso é até bacana; mas, experimentar as ditas, ah, isso é irritante. Quando se está gordo (meu caso), a coisa é pior ainda. Nada serve, nada fica legal, nada cai bem.
No entanto, pior do que colocar um modelo atrás do outro e chegar a conclusão de que o problema não é com a roupa, mas com seu corpinho (ou corpão), é ter que enfrentar os vendedores de loja. Como são dissimulados! Tudo que você coloca, segundo eles, foi feito para você ou te deixou um verdadeiro “espetáculo”.
Espetáculo. Talvez essa seja mesmo a palavra adequada, pois na maioria das vezes, parecemos uma atração circense. Já ouvi vendedores dizendo que eu precisava levar determinado medelito porque era a “a minha cara”, em seguida, conferi a coisa no meu corpo e eu estava parecendo um colchão de mudanças amarrado ao meio. Ridículo.
Diante de tantos elogios, eu tomei uma decisão: experimento as roupas e nem coloco o pé para fora do reservado, ali mesmo faço meu julgamento e decido se vou ou não levar. Opinião dos vendedores? Não peço nem por decreto. Meu único conselheiro é, e sempre será, o espelho!
Beijos:
@AharomAvelino 

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